sexta-feira, 3 de abril de 2015

Resenha: A Bailarina Fantasma


Editora: Editora Biruta
ISNB: 9788578480400
Edição: 1 / Ano: 2010
Páginas: 182

Sinopse: O Theatro José de Alencar estava prestes a passar por uma grande reforma. Marcelo, um arquiteto especialista em construções antigas, foi contratado para coordenar a obra. Sua missão era fazer com que a casa de espetáculos ficasse exatamente como era no dia da inauguração. Marcelo era viúvo e tinha uma filha, Anabela, que logo no primeiro dia de reforma viveu um encontro assustador com o fantasma de uma jovem bailarina que aparecia no teatro há muitos anos. Mesmo contra sua vontade, Anabela embarcou em uma viagem pelo passado daquele lugar e envolveu-se completamente em uma história de amor, medo e muito mistério, conduzida pelo hálito gelado e a presença diáfana da bailarina fantasma, que só poderia ir embora quando resolvesse, com a ajuda de Anabela, algo muito importante que mudaria a vida de várias pessoas.

Não recordo agora onde vi esse livro pela primeira vez, mas quando vi o quis de todo jeito. Gosto dessa "pegada" sobrenatural, e o titulo chamou minha atenção de imediato. Chamou tanta atenção, que logo foi reforçada também pela sinopse, que nem atentei que era um livro nacional (e confesso que tenho preconceito com nacionais que não são "clássicos"). Quando recebi o livro para participar do Booktour que a Editora Biruta promoveu, e li o nome da Socorro Acioli fiquei um pouco decepcionada, confesso. Mas que baita rasteira levei, hein?! Pois não é que a Socorro escreve primorosamente!

Ela era diferente. Dançava melhor, com mais leveza. Tanta leveza que... voava.

Nesse livro ela nos apresenta Anabela e seu pai Marcelo, que para o mundo atual são pessoas "estranhas". Alheios a tecnologia, eles vivem na casa mais antiga da cidade, com muita simplicidade e beleza. Anabela perdeu a mãe cedo, mas através de atos singelos, como enterrar flores murchas com bilhetinhos, ela mantem um vinculo com a mãe. Uma forma de estabelecer contato, é o que ela pensa. Marcelo foi o arquiteto escolhido para restaurar o Theatro José de Alencar, um lugar incrivelmente belo, que foi construído em 1908 e ainda conserva a mesma beleza.

Para marcar o inicio da reforma o teatro recebeu um espetáculo, onde Anabela e seu pai estavam entre os convidados. Foi nessa noite que a menina teve uma experiência de outro mundo, literalmente, e conheceu Clara, uma bailarina que se destacava entre as outras do espetáculo.

Um breve instante de amor apaga uma eternidade de tristezas, pensou Gabriel.

Clara nasceu no teatro, cresceu, se apaixonou pela dança e por um rapaz, e lá morreu. Permaneceu por vários anos no local, mesmo podendo ir para "o outro lado". As vezes era vista, mas, sempre temida, nunca encontrou quem pudesse ajuda-la. Agora Anabela irá conhecer sua historia, que se mistura com a historia do Theatro José de Alencar, e terá que enfrentar o medo para ajudar Clara a resolver seu problema, que poderá mudar a vida de todos.

Ah, quando terminei de ler esse livro... Eu o abracei! Faz muito tempo que não leio nada tão lindo e tão bem feito. A escrita da Socorro flui graciosamente, como a dança de sua personagem Clara. O livro é objetivo, a historia é linda, mas sem clichês, e aborda de forma muito respeitosa essa questão da vida pós a morte. A diagramação é outro ponto alto do livro, que é recheado de lindas fotografias do teatro.


No Skoob dei 5 estrelas e classifiquei como favorito. Leitura mais do que recomendada!

Até a próxima!

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Caçando Luas

Estive muito tempo sem câmera, o que dificultou explorar a ideia inicial desse blog: Fotografia. Então, alguns meses atrás, ganhei uma Nikon P520, e voltei a ver o mundo através de uma lente. Mas agora é um mundo diferente. É um mundo que as câmeras compactas, ou a câmera do Iphone, não alcançam. Como tenho uma hipermetropia forte, primo pelos detalhes que meus olhos não alcançam. Foi isso que me encantou nas macros fotografias. E foi por isso que me descobri como uma amante da Lua.

Abaixo os resultados da minha caça a Lua perfeita:

17 de Junho/2014
Cada um de nós é uma lua e tem um lado escuro que nunca mostra a ninguém. - Mark Twain
04 de Julho/2014
Que haverá com a lua que sempre que a gente a olha é com o súbito espanto da primeira vez? - Mario Quintana
13 de Julho/2014
Tenho fases, como a Lua; fases de ser sozinha, fases de ser só sua. - Cecilia Meireles
10 de Agosto/2014
Eis minha dama. Oh, sim! É o meu amor. Surge, formoso sol, e mata a lua cheia de inveja, que se mostra pálida e doente de tristeza, por ter visto que és mais formosa que ela! - Shakespeare
13 de Agosto/2014 
A lua ficou tão triste
com aquela história de amor
que até hoje a lua insiste:
- Amanheça, por favor! - Paulo Leminski
E por fim, uma foto de como eu via a Lua antes da Nikon P520:

:D

Hoje, infelizmente, apenas 1% da Lua estará visível, mas anota aí para não esquecer:

Quando: 8 de Outubro
O quê?: Apreciar a Lua Cheia <3

Beijo!

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Resenha: O Inocente

Outra resenha que fiz para o blog Saleta de Leitura foi do livro "O Inocente", de Harlan Coben. Segue um trechinho abaixo:



Resumo: Nem brilhante, nem fracassado, Matt Hunter é um tipo normal. Tem 20 anos, conseguiu entrar na Universidade, tem amigos, joga no time principal de futebol americano e faz parte do time de basquete também. Tudo é maravilhoso, até que uma pessoa morre pelas mãos de Matt.

Ele não é um marginal, só estava no lugar errado e na hora errada. Uma bebida que cai no casaco de um desconhecido. O desconhecido que aparece e não gosta do que vê. Um amigo querendo briga. Um amigo querendo defender o outro que está apanhando. Coisas que acontecem na maioria das festas. Coisas também que o levam a pensar “e se”. E se não tivesse parado na festa? Se não derramasse bebida no casaco? Se deixasse o amigo brigão apanhar sozinho? Mas agora isso não adianta. Matt foi preso e amargou quatro anos na cadeia. O desconhecido com qual Matt brigará, e matará, tem um nome: Stephen McGrath. E carregar esse fantasma será uma condenação além da cadeia.

Uma vez cumprida sua pena, Matt está livre. Com a ajuda de seu irmão Bernie a vida voltará ao normal. Emprego, namorada, casamento, planos... Tudo parece maravilhoso novamente. Porém, nove anos depois daquela fatídica noite, Matt voltará a se envolver em uma situação perigosa. Assassinatos, roubos, prostituição... Todos os fatos apontam para Matt. Não será fácil provar que ele é inocente.
Vocês se casam. Ela engravida. Você está feliz. Vocês comemoram a novidade comprando celulares com câmera. E então, um dia, você recebe uma ligação no celular e vê a mulher que conheceu há anos, naquela semana fatídica, a única mulher que amou na vida, em um quarto de hotel com outro homem.

Esse livro foi uma grata surpresa. Ganhei, negociei uma troca no Skoob, mas nos 45 do segundo tempo eu pedi para ler antes de enviar. Foi a melhor escolha!

Como fã de Agatha Christie, atrevo-me a dizer que Harlan não fica devendo nada a "Dama do Suspense".

Confira a resenha completa AQUI.

Até!

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Resenha: O Começo de Tudo

Depois de um grande hiato, retorno as atividades do blog com essa resenha que fiz para o blog Saleta de Leitura. Para quem ainda não sabe, vez ou outra eu leio alguns livros e faço resumos para o blog da Irene (querida!). O Começo de Tudo foi um desses livros, e amei a leitura! O que fica claro na resenha =)


Editora: Novo Conceito
ISBN: 9788581633930
Edição: 1 / Ano: 2014
Páginas: 288


Sinopse: O garoto de ouro Ezra Faulkner acredita que todo mundo tem uma tragédia esperando ali na esquina – um encontro fatal depois do qual tudo o que realmente importa vai acontecer. Sua tragédia particular esperou até que ele estivesse preparado para perder tudo de uma vez: em uma noite espetacular, um motorista imprudente acabou com a perna de Ezra, com sua carreira no esporte e com sua vida social.
Depois que perdeu o favoritismo ao posto de rei do baile, Ezra agora almoça na mesa dos losers, onde conhece Cassidy Thorpe. Cassidy é diferente de qualquer pessoa que Ezra tenha encontrado antes – melancólica e com uma inteligência mordaz.

Juntos, Ezra e Cassidy descobrem flash mobs, tesouros enterrados e um poodle que talvez seja a reencarnação do Grande Gatsby. À medida que Ezra mergulha nos novos estudos, nas novas amizades e no novo amor, aprende que algumas pessoas, assim como os livros, são difíceis de interpretar. Agora, ele precisa considerar: se uma tragédia já o atingiu, o que poderá acontecer se houver mais infortúnios?
O Começo de Tudo é um livro poético, inteligente e de cortar o coração sobre a dificuldade de ser o que as pessoas esperam, e sobre começos que podem nascer de finais trágicos.
O mundo quebra todo mundo, e, posteriormente, alguns ficam mais fortes nos lugares quebrados.

Leia a resenha completa AQUI, no Saleta de Leitura.

Dei nota máxima a esse livro, e, consequentemente, ele tornou-se um dos meus favoritos. Logo, acho super válido dar uma lida na resenha e colocar o livro na fila de leitura ;)


Até o próximo post!

terça-feira, 1 de abril de 2014

Uma Reflexão Sobre Escolhas e Mudanças



Comecei a escrever esse post no Facebook, o muro das lamentações, rs... Mas ficou muito grande e pensei: Por que não postar no blog? Afinal é pra isso que ele serve, para falar do que vejo, mas também do que aprendo e sinto.

Então deixo com vocês um desabafo feito em plena madrugada de segunda-feira, enquanto repasso os acontecimentos dos últimos dias.

Já faz tempo que venho observando e aprendendo com meus próprios erros. Não sou uma boa pessoa, e faço questão de deixar isso claro sempre que posso. E essa certeza e aceitação de mim mesma é o que me ajuda a mudar sempre que preciso e quero.

quarta-feira, 19 de março de 2014

Minha Primeira Resenha na Saleta de Leitura

Estou doente, por isso a falta de posts nos últimos dias. As vezes fica dificil passar muito tempo olhando para o monitor. :(

Mas fiz resenha de um livro "queridinho", um dos mais desejados, que todo mundo chora quando lê e depois que lê fica falando "okay". Já sabem qual é?

Sim, A Culpa é das Estrelas, do aclamado John Green.

Dá uma passadinha lá na Saleta de Leitura e deixa sua opinião, mesmo que ela seja diferente da minha.


Beijo!

sábado, 8 de março de 2014

O Alfabeto Escalafobético

Hoje vou falar do livro "Alfabeto Escalafobético", escrito por Claudio Fragata. Esse é mais um livro que ganhei da Jujuba Editora.


Você já parou para pensar na importancia do alfabeto? Para escrever qualquer coisa precisamos das letras, uma depois da outra, grudadas ou separadas. Mas sempre presentes!
As letras formam palavras engraçadas, como pirilampo. Ou palavra pesada, como hipopótamo. Tente falar cada silaba separadamente. É como se fossem passos do hipopótamo! Há também palavras saltitantes, como pululante, ou apertadinhas, como ovo. Não parece que a letra v ficou espremida? Tem palavras que nos fazem rir. Quer ver? Experimente falar sorriso. É impossível não sorrir
As letras formam também palavras diferentes, como escalafobético. O que é escalafobético mesmo?
Melhor procurar no dicionário. E conhecer um monte de outras palavras.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Voltando a Ser Criança de Cabeça Pra Baixo

Descobri o amor pela literatura aos 11 anos, quando comecei a estudar em escola pública. Sofria muito bullyng (na época nem tinha esse nome), então fazia de tudo para não ser percebida. A biblioteca do colégio era o esconderijo perfeito. Quase ninguém entrava naquele lugar, principalmente os alunos "populares" que gostavam de me perturbar.

Comecei a ler livros infantis. Contos de Grimm era o meu livro favorito! Perdi as contas de quantas vezes peguei ele emprestado na biblioteca. Lindo! Como eu suspirava e sonhava com aquelas historias.

Meus finais de semana eram diferentes. Estava sempre com um livro. Estava sempre em outro mundo.

Mas aí eu cresci. Estudava a noite, trabalhava durante o dia, e fazia pré-vestibular aos sábados e domingos. As coisas foram mudando, e os gêneros literários acompanharam essa mudança. A menina que antes era apaixonada por fantasia, agora lia livros policiais.

As coisas ficaram assim até semana passada, quando recebi uma caixa da Jujuba Editora. Eu havia ganho três livros em um sorteio que a editora fez em sua página no Facebook, e aguardava ansiosamente a chegada deles. E o que eu recebi super superou as minhas expectativas! Li os três livros no mesmo dia!

Abaixo segue minha opinião de um dos livros que recebi e amei imensamente: Eu - De Cabeça Pra Baixo.


O que você faria se, de repente, o mundo ficasse de cabeça pra baixo? 

O livro traz a historia de um menino que ficou sozinho em casa. Mãe, pai, irmãos, avô, cada um teve um motivo para sair, e ele não pode ir junto porque estava com o pé engessado. A mãe o fez prometer que ficaria quieto. E depois de todas as recomendações feitas por ela, só restou ao menino dormir, ler um livro, desenhar... Ou poderia ficar olhando para as paredes sem falar nada, nem fazer, nem mexer em nada (acho que era exatamente isso que a mãe dele queria). É nesse momento que ele deita no chão, no tapete vermelho que tem no meio da sala, e olha para o teto. Ele descobre que não está mais deitado no chão, mas sim deitado no teto e olhando para o chão. A partir daí começa sua aventura em um mundo já conhecido, mas visto de outro angulo, que ira proporcionar boas descobertas.

As ilustrações de Biry Sarkis são um show a parte. Lindas, leves, e ajudam muito a entrar no clima da historia. 

Esse livro me fez lembrar da minha sobrinha mais velha, extremamente criativa. Nunca gostou de bonecas, e eu sempre a incentivei a ler. Suas brincadeiras eram sempre no quintal criando cenários. Com um short e camisa do irmão, um pedaço de madeira na cintura, e uma faixa de cabelo cobrindo um dos olhos, ela subia em uma árvore e gritava "içar velas" e "levantar âncora". Pronto, nesse momento ela era um pirata, entre tantos outros personagens que criou. 

O que eu quis dizer com essa rápida historia da minha sobrinha é que toda criança tem esse poder de imaginar, de ver além dos olhos. Mas nós já fomos crianças um dia, correto? E onde colocamos esse nosso dom? Por que as obrigações da "vida real" não podem coexistir com a nossa imaginação? 

Sugiro a todos que irão ler esse livro (ou qualquer outro) um exercício: Fechem os olhos, esvaziem a mente e entrem na historia. Experimentem sentir o frio na barriga de estar deitado no teto. Experimentem olhar para o mundo de outra forma, e descobrir algo novo no que já é cotidiano. Eu fiz e adorei. Me rendeu boas risadas e uma leveza sem descrição. 

Esse é um livro do gênero infanto-juvenil/ literatura infantil, e é recomendado para crianças a partir dos seis anos de idade. Mas nada impede que você leia para uma criança com idade inferior. Leitura e imaginação são duas coisas que precisam ser estimuladas desde cedo. 

Resumindo: Livro nota 10 em todos os quesitos!

Essa resenha está no Skoob, e o livro também. Sugiro que adicione a sua estante e coloque na sua meta de leitura para esse ano. Garanto que vai ser uma leitura super prazerosa em conjunto com os filhos, sobrinhos, primos, ou simplesmente para você, como foi pra mim.

Nos próximos posts falarei dos outros dois livros que ganhei da Jujuba Editora.

Até lá!

sábado, 26 de março de 2011

Frase Perfeita!

"When you photograph people in colour you photograph their clothes but when you photograph people in BW you photograph their souls!"

Frase retirada do Let's Blogar.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A Incrível História de Vivian Maier


Fotos sensacionais de uma babá-fotógrafa, completamente desconhecida, que surpreendeu o mundo. Autora de fotografias comparáveis às mais belas imagens produzidas no século 20, a obra de Vivian Maier só foi descoberta no fim de sua vida, por um completo golpe de sorte.

A vida de Vivian Maier é um mistério em muitos aspectos. Descoberta casualmente por John Maloof, apenas alguns detalhes de sua vida foram obtidos pelo agente imobiliário e vendedor de mercado de pulgas.


Ao que tudo indica, Maier nasceu em Nova York (há controvérsias), em 1926. Passou um período de sua vida na França e, depois da Segunda Guerra Mundial, mudou-se para Chicago e se empregou como babá.

De personalidade forte, extremamente reservada, quase reclusa, solitária – sem filhos, família ou amor (pelo menos do que se pôde apurar até agora), tinha opiniões muito próprias nos quesitos cinema e política. Além de ser aficionada pela sétima arte e teatro, era colecionadora de gravuras.

Como babá, a fotógrafa, segundo apurado por Maloof, trabalhou 17 anos para uma única família de Chicago. Algumas pessoas cuidadas por ela quando crianças, a descreveram como uma espécie de Mary Poppins, levando-as a aventuras divertidas e mostrando-lhes coisas incomuns. As crianças a cativavam.